ME DAVAM TAREFAS IMPOSSÍVEIS 

15-12-2016

Vi que não era eu que era incompetente, mas que as tarefas e os prazos eram dados para não serem cumpridos ...

Trabalho com a área administrativa e sempre fui muito pró-ativ@. Nas questões administrativas sempre ofereci soluções para os problemas, propus mudanças e estava junto tomando as decisões que afetavam o meu trabalho.

Depois que resolvi participar da greve, isso se transformou. Parei de ser consultad@ sobre qualquer questão, e começaram a me dar tarefas que eram inviáveis de serem realizadas, seja porque não era possível administrativa ou orçamentariamente, seja porque os prazos eram curtos demais para serem cumpridos.

Muitas coisas dependiam de outros setores e eu era pressionad@ para resolver de uma hora para outra. Além da pressão, passei a ser repreendid@ por não cumprir as ordens.

Ficava sempre muito mal, me sentindo um(a) incompetente, como se a culpa fosse minha. Como se a chefia tivesse razão e eu não estivesse me esforçando o suficiente. E me esforçava cada vez mais, mas nunca era suficiente.

Mas aí as ordens ficaram cada vez mais impossíveis de cumprir e a hostilidade foi aumentando. Foi aí que comecei a perceber como outr@s colegas também passaram a ser destratados no mesmo setor e resolvi me abrir. Vi que não era eu que era incompetente, mas que as tarefas e os prazos eram dados para não serem cumpridos, e que eu estava sendo punid@ pela participação na greve, e aí fiquei com medo.

Daí em diante a cada nova tarefa ou prazo irrealizaveis eu passei a pacientemente conversar e explicar o porquê de não serem viáveis. Mas isso só piorou a situação porque passaram a dizer que eu era insubordinad@. Foi aí que veio a sugestão de fazer tudo por escrito, por email ou pelos sistemas, e sempre deixar registrado o que eu estava fazendo e quando não era viável, colocava a justificativa e as alternativas que eu via como possíveis para resolver as situações.

A hostilidade continuou, mas parei de me sentir culpado e de sentir medo, e fui levando, um dia depois do outro, me esforçando para não me abater.

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